O tópico “Pensa que Acabou?” visou dar abertura para o grupo incluírem outros conteúdos pertinentes e relevantes sobre as possíveis áreas de interesse do professor do Ensino Fundamental I, tanto para sua formação de forma mais ampla como para o trabalho com projetos.
professores LEITORES, ESTÃO ATENTOS A NOVAS E VELHAS HISTÓRIAS, CONHECEM GÊNEROS E AUTORES VARIADOS. POR ISSO, ORGANIZAMOS ESTA PÁGINA ESPECIAL ILUSTRADA E PUBLICADA EM NOVA ESCOLA. PARA LER SOZINHO, EM FAMÍLIA OU COM SEUS ALUNOS, EM QUALQUER FAIXA ETÁRIA. BOA LEitura.
LENDAS E FÁBULAS:
Lenda De bem com a vida
Filó, a joaninha, acordou cedo.
- Que lindo dia! Vou aproveitar para visitar minha tia.
- Alô, tia Matilde. Posso ir aí hoje?
- Venha, Filó. Vou fazer um almoço bem gostoso.
Filó colocou seu vestido amarelo de bolinhas pretas, passou batom cor-de-rosa, calçou os sapatinhos de verniz, pegou o guarda-chuva preto e saiu pela floresta: plecht, plecht...
Andou, andou... e logo encontrou Loreta, a borboleta.
- Que lindo dia!
- E pra que esse guarda-chuva preto, Filó?
- É mesmo! - pensou a joaninha. E foi para casa deixar o guarda-chuva.
De volta à floresta:
- Sapatinhos de verniz? Que exagero! - Disse o sapo Tatá. Hoje nem tem festa na floresta.
- É mesmo! - pensou a joaninha. E foi para casa trocar os sapatinhos.
De volta à floresta:
- Batom cor-de-rosa? Que esquisito! - disse Téo, o grilo falante.
- É mesmo! - disse a joaninha. E foi para casa tirar o batom.
- Vestido amarelo com bolinhas pretas? Que feio! Por que não usa o vermelho? - disse a aranha Filomena.
- É mesmo! - pensou Filó. E foi para casa trocar de vestido.
Cansada da tanto ir e voltar, Filó resmungava pelo caminho. O sol estava tão quente que a joaninha resolveu desistir do passeio.
Chegando em casa, ligou para tia Matilde.
- Titia, vou deixar a visita para outro dia.
- O que aconteceu, Filó? - Ah! Tia Matilde! Acordei cedo, me arrumei bem bonita e saí andando pela floresta. Mas no caminho...
- Lembre-se, Filozinha... gosto de você do jeitinho que você é. Venha amanhã, estarei te esperando com um almoço bem gostoso.
No dia seguinte, Filó acordou de bem com a vida. Colocou seu vestido amarelo de bolinhas pretas, amarrou a fita na cabeça, passou batom cor-de-rosa, calçou seus sapatinhos de verniz, pegou o guarda-chuva preto, saiu andando apressadinha pela floresta, plecht, plecht, plecht... e só parou para descansar no colo gostoso da tia Matilde.
- Que lindo dia! Vou aproveitar para visitar minha tia.
- Alô, tia Matilde. Posso ir aí hoje?
- Venha, Filó. Vou fazer um almoço bem gostoso.
Filó colocou seu vestido amarelo de bolinhas pretas, passou batom cor-de-rosa, calçou os sapatinhos de verniz, pegou o guarda-chuva preto e saiu pela floresta: plecht, plecht...
Andou, andou... e logo encontrou Loreta, a borboleta.
- Que lindo dia!
- E pra que esse guarda-chuva preto, Filó?
- É mesmo! - pensou a joaninha. E foi para casa deixar o guarda-chuva.
De volta à floresta:
- Sapatinhos de verniz? Que exagero! - Disse o sapo Tatá. Hoje nem tem festa na floresta.
- É mesmo! - pensou a joaninha. E foi para casa trocar os sapatinhos.
De volta à floresta:
- Batom cor-de-rosa? Que esquisito! - disse Téo, o grilo falante.
- É mesmo! - disse a joaninha. E foi para casa tirar o batom.
- Vestido amarelo com bolinhas pretas? Que feio! Por que não usa o vermelho? - disse a aranha Filomena.
- É mesmo! - pensou Filó. E foi para casa trocar de vestido.
Cansada da tanto ir e voltar, Filó resmungava pelo caminho. O sol estava tão quente que a joaninha resolveu desistir do passeio.
Chegando em casa, ligou para tia Matilde.
- Titia, vou deixar a visita para outro dia.
- O que aconteceu, Filó? - Ah! Tia Matilde! Acordei cedo, me arrumei bem bonita e saí andando pela floresta. Mas no caminho...
- Lembre-se, Filozinha... gosto de você do jeitinho que você é. Venha amanhã, estarei te esperando com um almoço bem gostoso.
No dia seguinte, Filó acordou de bem com a vida. Colocou seu vestido amarelo de bolinhas pretas, amarrou a fita na cabeça, passou batom cor-de-rosa, calçou seus sapatinhos de verniz, pegou o guarda-chuva preto, saiu andando apressadinha pela floresta, plecht, plecht, plecht... e só parou para descansar no colo gostoso da tia Matilde.
CRÔNICA:
A professora de Desenho
Falando a verdade, escola é uma chatice. Pelo menos a minha era uma chatice. Essa história de aprender tabuada, fazer prova, lição de casa... eu não gostava. Ficava feliz quando aparecia uma gripe. Existe coisa melhor? Eu juntava todos os brinquedos em cima da cama. Traziam revistinhas. Chocolates. Televisão no quarto. Era ótimo.
Disse que a escola era muito chata, mas esqueci de uma coisa: as aulas de desenho. Essas eram legais.
Toda sexta-feira, depois do recreio, a dona Marisa (naquele tempo a gente não chamava a professora de "tia", nem usava só o nome dela, sem nada, assim: "Marisa"; tinha de ser "dona Marisa") - enfim, a dona Marisa saía da sala, e entrava a professora de desenho. A dona Andréia.
A dona Marisa era meio gorducha, usava coque no cabelo e se pintava feito louca. Batom. Sombra azul nos olhos. Meio perua. Eu não gostava da dona Marisa.
Mas aí entrava a professora de desenho. A dona Andréia era mocinha. Tinha cabelos castanhos. Lisos e compridos.
A aula de desenho era uma farra. A gente abria os cadernos, que não tinham linhas, só folhas de papel em branco, para a gente fazer o que quisesse. Podia. Dona Andréia deixava.
Ela era linda.
Um dia, ela se atrasou. O tempo ia passando, e ela não chegava. Todo mundo estava louco para ter aula de desenho.
Por que será que ela estava atrasada?
Nessa idade, a gente sabe muito pouco da vida dos adultos. Talvez a dona Andréia tivesse brigado com o namorado. Pode ser que o diretor da escola tivesse dado uma bronca nela. Vai ver que tinha alguém doente na família.
Mas a gente não queria saber de nada. Só queria ter aula de desenho.
Foi quando a dona Andréia apareceu. Todos nós ficamos contentes.
Não foi só contente. Foi uma espécie de alegria total, de gritaria, de explosão.
Ela entrou na classe.
Alguém gritou:
Disse que a escola era muito chata, mas esqueci de uma coisa: as aulas de desenho. Essas eram legais.
Toda sexta-feira, depois do recreio, a dona Marisa (naquele tempo a gente não chamava a professora de "tia", nem usava só o nome dela, sem nada, assim: "Marisa"; tinha de ser "dona Marisa") - enfim, a dona Marisa saía da sala, e entrava a professora de desenho. A dona Andréia.
A dona Marisa era meio gorducha, usava coque no cabelo e se pintava feito louca. Batom. Sombra azul nos olhos. Meio perua. Eu não gostava da dona Marisa.
Mas aí entrava a professora de desenho. A dona Andréia era mocinha. Tinha cabelos castanhos. Lisos e compridos.
A aula de desenho era uma farra. A gente abria os cadernos, que não tinham linhas, só folhas de papel em branco, para a gente fazer o que quisesse. Podia. Dona Andréia deixava.
Ela era linda.
Um dia, ela se atrasou. O tempo ia passando, e ela não chegava. Todo mundo estava louco para ter aula de desenho.
Por que será que ela estava atrasada?
Nessa idade, a gente sabe muito pouco da vida dos adultos. Talvez a dona Andréia tivesse brigado com o namorado. Pode ser que o diretor da escola tivesse dado uma bronca nela. Vai ver que tinha alguém doente na família.
Mas a gente não queria saber de nada. Só queria ter aula de desenho.
Foi quando a dona Andréia apareceu. Todos nós ficamos contentes.
Não foi só contente. Foi uma espécie de alegria total, de gritaria, de explosão.
Ela entrou na classe.
Alguém gritou:
- É a Andréia!
Não era o jeito certo de falar. Tinha de dizer "dona Andréia". Mas àquela altura ninguém estava ligando. Todo mundo começou a gritar:
- É a Andréia! É a Andréia!
O berreiro foi ganhando ritmo. Como se fosse torcida de futebol.
- AN-DRÉ-IA! AN-DRÉ-IA!
Parecia um jogador entrando em campo. Ou um cantor de rock.
- AN-DRÉ-IA! AN-DRÉ-IA!
Ela começou ficando alegre com a zoeira. Deu um sorriso. O sorriso dela era lindo.
- AN-DRÉ-IA!
Depois, ela ficou um pouco assustada. Não estava entendendo a bagunça.
- AN-DRÉ-IA!
Foi então que eu vi. Ela começou a chorar.
E saiu da sala.
Na hora, não entendi.
Fiquei pensando.
Quem sabe ela se assustou muito. Talvez não imaginasse que a gente gostava tanto dela.
E, às vezes, muito amor assusta as pessoas.
Pode ser que ela tivesse ficado brava. Tínhamos de dizer "dona Andréia", e não dissemos. Era meio chocante só dizer "Andréia", como se ela fosse irmã da gente, ou apresentadora de televisão, ou empregada.
Ela também pode ter chorado por outro motivo qualquer. Estava triste com o namorado, ou com alguma doença da família, e toda aquela alegria da gente atrapalhando os sentimentos dela.
A Andréia nunca mais voltou.
As aulas de desenho acabaram. Comecei a perceber uma coisa.
É que às vezes, quando a gente gosta demais de uma pessoa, não dá certo. Dá uma bobeira na gente. A gente começa a gritar:
- Andréia! Andréia!
E a Andréia fica sem jeito. Não sabe o que fazer. Se assusta. Se enche.
Ouça este conselho.
Se você gosta muito de alguém, tome cuidado antes de fazer escândalo. Não fique gritando "Andréia! Andréia!". Finja que você só está achando a pessoa legal, nada mais. Senão a Andréia sai correndo.
Quando a gente gosta de alguém, tem de fazer como sorvete. Dá uma mordidinha. Mas não enfia o nariz e a boca na massa de morango. Senão, vão achar que a gente é idiota.
As pessoas da minha classe gostavam tanto da Andréia, que ela foi embora. Se a gente fosse mais esperto fingia que não gostava tanto.
- É a Andréia! É a Andréia!
O berreiro foi ganhando ritmo. Como se fosse torcida de futebol.
- AN-DRÉ-IA! AN-DRÉ-IA!
Parecia um jogador entrando em campo. Ou um cantor de rock.
- AN-DRÉ-IA! AN-DRÉ-IA!
Ela começou ficando alegre com a zoeira. Deu um sorriso. O sorriso dela era lindo.
- AN-DRÉ-IA!
Depois, ela ficou um pouco assustada. Não estava entendendo a bagunça.
- AN-DRÉ-IA!
Foi então que eu vi. Ela começou a chorar.
E saiu da sala.
Na hora, não entendi.
Fiquei pensando.
Quem sabe ela se assustou muito. Talvez não imaginasse que a gente gostava tanto dela.
E, às vezes, muito amor assusta as pessoas.
Pode ser que ela tivesse ficado brava. Tínhamos de dizer "dona Andréia", e não dissemos. Era meio chocante só dizer "Andréia", como se ela fosse irmã da gente, ou apresentadora de televisão, ou empregada.
Ela também pode ter chorado por outro motivo qualquer. Estava triste com o namorado, ou com alguma doença da família, e toda aquela alegria da gente atrapalhando os sentimentos dela.
A Andréia nunca mais voltou.
As aulas de desenho acabaram. Comecei a perceber uma coisa.
É que às vezes, quando a gente gosta demais de uma pessoa, não dá certo. Dá uma bobeira na gente. A gente começa a gritar:
- Andréia! Andréia!
E a Andréia fica sem jeito. Não sabe o que fazer. Se assusta. Se enche.
Ouça este conselho.
Se você gosta muito de alguém, tome cuidado antes de fazer escândalo. Não fique gritando "Andréia! Andréia!". Finja que você só está achando a pessoa legal, nada mais. Senão a Andréia sai correndo.
Quando a gente gosta de alguém, tem de fazer como sorvete. Dá uma mordidinha. Mas não enfia o nariz e a boca na massa de morango. Senão, vão achar que a gente é idiota.
As pessoas da minha classe gostavam tanto da Andréia, que ela foi embora. Se a gente fosse mais esperto fingia que não gostava tanto.
A GATA APAIXONADA
Quando perguntam como é que eu consegui sair com a Carla, eu respondo que foi por causa do Aldemir Martins. O pintor famoso.
Eu estava, tranqüilo, estudando. Juro. Lá pelas 3 da tarde o telefone tocou. Era ela, a vizinha da casa 3.
A mãe morreu há uns quatro anos. O pai é superciumento, não a deixa satir de casa nunca.
- Oi, Rodrigo... Você tem um gato grande, malhado?
- Tenho. O nome dele é Sorvete.
- Sorvete?
- Quando a gente encosta a mão, ele se derrete todo.
- Ele briga com a minha gata, a Tati. Já aconteceu várias vezes. Acho que é ciúme.
- De outro gato?
- Não. De um quadro. Uma pintura. Do Aldemir Martins.
Dez minutos depois eu estava na sala da casa dela. Só nós dois.
- Você vai ver - ela disse.
- É sempre na mesma hora. Já ouviu falar do Aldemir Martins?
- Já. É um pintor famoso pra caramba. Mora aqui em São Paulo.
- Morava. Morreu há pouco tempo. Minha mãe era apaixonada pela pintura dele. Ele ilustrava livros, revistas, jornais... Pintava cangaceiros, galos, passarinhos, peixes...
- Tô sabendo. Desenhava até rótulos de maionese, de vinho...
- Minha mãe comprava tudo que podia. A gente comia em pratos desenhados por ele, tinha lençóis, tapetes, cortina de banheiro...
Carla me levou pra um canto da sala. Em cima de uma imitação de lareira, havia uma tela do Aldemir Martins, pequena, com o desenho de um gato. Um gato gordo, vermelho e azul, um focinho enorme, mostrando as garras, sedutor, os olhos verdes calmos, hipnóticos.
- Minha mãe adorava esse quadro.
Então ela me puxou pra trás de uma cortina pesada, que cobria a vidraça que dava pro jardim.
Tati entrou na sala. Pulou pro beiral da falsa lareira e parou em frente ao quadro, olhando pro gato pintado. Ficamos assim uns 20 minutos, escondidos, calados. Até que ele apareceu. O velho Sorvete. O gato mais descolado do pedaço. Veio gingando, passou entre os móveis, parou na frente da lareira, olhou pro alto e não gostou nada do que viu.
Carla segurou no meu braço.
Sorvete pulou pro beiral.
Briga de gato é mais rápido que videogame. Tati pulou, atravessou uma janela aberta e fugiu pro jardim, com o Sorvete atrás.
- Minha mãe dizia que um artista é capaz de recriar a vida. Se Deus existe, com certeza é um artista. Mas acho que você vai ter de trancar o Sorvete em casa, Rodrigo. Não gostei daquilo.
- Não, Carla. A gente encontra outro jeito. Pra mim as pessoas, os bichos, qualquer coisa que se mexa... têm de ter liberdade. Têm de ter uma janela aberta.
- Mas o Sorvete é meio selvagem...
- Isso. É assim que eu gosto dele. Eu também sou meio selvagem. Sabe o que eu faço? Eu como o tomate inteiro. Eu não fico esperando a minha mãe partir e colocar na salada!
Ela riu. Não sei de onde eu tirei essa história do tomate. Aí me empolguei, e ia dar mais exemplos de como eu era selvagem, mas a cortina se abriu de repente e o pai dela apareceu.
O cara ficou nervoso, quase chamou a polícia, mas depois a gente explicou, ele se arrependeu e acabou até deixando a filha sair comigo.
Eu e a Carla estamos namorando. Juro
Eu estava, tranqüilo, estudando. Juro. Lá pelas 3 da tarde o telefone tocou. Era ela, a vizinha da casa 3.
A mãe morreu há uns quatro anos. O pai é superciumento, não a deixa satir de casa nunca.
- Oi, Rodrigo... Você tem um gato grande, malhado?
- Tenho. O nome dele é Sorvete.
- Sorvete?
- Quando a gente encosta a mão, ele se derrete todo.
- Ele briga com a minha gata, a Tati. Já aconteceu várias vezes. Acho que é ciúme.
- De outro gato?
- Não. De um quadro. Uma pintura. Do Aldemir Martins.
Dez minutos depois eu estava na sala da casa dela. Só nós dois.
- Você vai ver - ela disse.
- É sempre na mesma hora. Já ouviu falar do Aldemir Martins?
- Já. É um pintor famoso pra caramba. Mora aqui em São Paulo.
- Morava. Morreu há pouco tempo. Minha mãe era apaixonada pela pintura dele. Ele ilustrava livros, revistas, jornais... Pintava cangaceiros, galos, passarinhos, peixes...
- Tô sabendo. Desenhava até rótulos de maionese, de vinho...
- Minha mãe comprava tudo que podia. A gente comia em pratos desenhados por ele, tinha lençóis, tapetes, cortina de banheiro...
Carla me levou pra um canto da sala. Em cima de uma imitação de lareira, havia uma tela do Aldemir Martins, pequena, com o desenho de um gato. Um gato gordo, vermelho e azul, um focinho enorme, mostrando as garras, sedutor, os olhos verdes calmos, hipnóticos.
- Minha mãe adorava esse quadro.
Então ela me puxou pra trás de uma cortina pesada, que cobria a vidraça que dava pro jardim.
Tati entrou na sala. Pulou pro beiral da falsa lareira e parou em frente ao quadro, olhando pro gato pintado. Ficamos assim uns 20 minutos, escondidos, calados. Até que ele apareceu. O velho Sorvete. O gato mais descolado do pedaço. Veio gingando, passou entre os móveis, parou na frente da lareira, olhou pro alto e não gostou nada do que viu.
Carla segurou no meu braço.
Sorvete pulou pro beiral.
Briga de gato é mais rápido que videogame. Tati pulou, atravessou uma janela aberta e fugiu pro jardim, com o Sorvete atrás.
- Minha mãe dizia que um artista é capaz de recriar a vida. Se Deus existe, com certeza é um artista. Mas acho que você vai ter de trancar o Sorvete em casa, Rodrigo. Não gostei daquilo.
- Não, Carla. A gente encontra outro jeito. Pra mim as pessoas, os bichos, qualquer coisa que se mexa... têm de ter liberdade. Têm de ter uma janela aberta.
- Mas o Sorvete é meio selvagem...
- Isso. É assim que eu gosto dele. Eu também sou meio selvagem. Sabe o que eu faço? Eu como o tomate inteiro. Eu não fico esperando a minha mãe partir e colocar na salada!
Ela riu. Não sei de onde eu tirei essa história do tomate. Aí me empolguei, e ia dar mais exemplos de como eu era selvagem, mas a cortina se abriu de repente e o pai dela apareceu.
O cara ficou nervoso, quase chamou a polícia, mas depois a gente explicou, ele se arrependeu e acabou até deixando a filha sair comigo.
Eu e a Carla estamos namorando. Juro
POESIA:
MEU AMIGO DINOSSAURO
Um pequeno dinossauro
Apareceu no jardim
Educado, inteligente,
O seu nome era Joaquim.
Nunca consegui saber
De onde foi que ele saiu
Quando a gente perguntou
Disfarçou e até sorriu...
Ficou muito nosso amigo
Fez tudo que é brincadeira.
Levou o Miguel pra escola
Levou a mamãe pra feira.
As pessoas espiavam
Estranhavam um pouquinho
Onde será que arranjaram
Este dinossaurosinho?
Nessa tarde o papai trouxe
Um amigo bem distinto
Que se espantou e exclamou:
— Mas este bicho está extinto!
Há muitos milhões de anos
Ele já virou petróleo!
Ou já virou gasolina,
Ou algum tipo de óleo.
Meu dinossauro sorriu
— Estou vivo, "podes crer"!
Eu não virei querosene
Como o senhor pode ver!
Antigamente diziam
Que o petróleo era formado
Por montes de dinossauros
Um sobre o outro empilhados.
Mas isso não é verdade!
Foram plantas e outros bichos
Que ficaram bem fechados
Entre buracos e nichos.
Sofreram muita pressão
Por muitos milhões de anos
Sofreram muito calor
No fundo dos oceanos.
— Mas então por que o petróleo
Até parece cigano?
Ora aparece na Terra,
Ora debaixo do oceano!
É porque o planeta Terra
Esteve sempre a mudar
Depois de milhões de anos
Tudo mudou de lugar.
Todos ficaram espantados
De tanta sabedoria
E perguntavam: — Que mais
Sabe Vossa Senhoria?
— Sei ainda muitas coisas
Disse o amigo Joaquim
Para que serve o petróleo
E outras coisas assim.
Petróleo move automóvel,
Navio, trem, avião,
Ônibus e motocicleta,
Helicóptero e caminhão.
Com petróleo se faz pano,
Brinquedo, bolsas e mala,
Pele pra fazer salsicha,
Copos, pratos, nem se fala.
Se faz tinta, faz garrafa,
Material de construção,
Se fazem peças de automóvel
E se faz tubulação.
— Tenho mais uma coisinha
Pra dizer. - Pois então diga!
E o dinossauro puxou
O fecho em sua barriga.
E saíram lá de dentro
O Pedro mais o Raimundo
— Nós não somos dinossauro,
Enganamos todo mundo!
Apareceu no jardim
Educado, inteligente,
O seu nome era Joaquim.
Nunca consegui saber
De onde foi que ele saiu
Quando a gente perguntou
Disfarçou e até sorriu...
Ficou muito nosso amigo
Fez tudo que é brincadeira.
Levou o Miguel pra escola
Levou a mamãe pra feira.
As pessoas espiavam
Estranhavam um pouquinho
Onde será que arranjaram
Este dinossaurosinho?
Nessa tarde o papai trouxe
Um amigo bem distinto
Que se espantou e exclamou:
— Mas este bicho está extinto!
Há muitos milhões de anos
Ele já virou petróleo!
Ou já virou gasolina,
Ou algum tipo de óleo.
Meu dinossauro sorriu
— Estou vivo, "podes crer"!
Eu não virei querosene
Como o senhor pode ver!
Antigamente diziam
Que o petróleo era formado
Por montes de dinossauros
Um sobre o outro empilhados.
Mas isso não é verdade!
Foram plantas e outros bichos
Que ficaram bem fechados
Entre buracos e nichos.
Sofreram muita pressão
Por muitos milhões de anos
Sofreram muito calor
No fundo dos oceanos.
— Mas então por que o petróleo
Até parece cigano?
Ora aparece na Terra,
Ora debaixo do oceano!
É porque o planeta Terra
Esteve sempre a mudar
Depois de milhões de anos
Tudo mudou de lugar.
Todos ficaram espantados
De tanta sabedoria
E perguntavam: — Que mais
Sabe Vossa Senhoria?
— Sei ainda muitas coisas
Disse o amigo Joaquim
Para que serve o petróleo
E outras coisas assim.
Petróleo move automóvel,
Navio, trem, avião,
Ônibus e motocicleta,
Helicóptero e caminhão.
Com petróleo se faz pano,
Brinquedo, bolsas e mala,
Pele pra fazer salsicha,
Copos, pratos, nem se fala.
Se faz tinta, faz garrafa,
Material de construção,
Se fazem peças de automóvel
E se faz tubulação.
— Tenho mais uma coisinha
Pra dizer. - Pois então diga!
E o dinossauro puxou
O fecho em sua barriga.
E saíram lá de dentro
O Pedro mais o Raimundo
— Nós não somos dinossauro,
Enganamos todo mundo!
Poema de Ruth Rocha, ilustrado por Alarcão
Acesse: http://msalx.revistaescola.abril.com.br/2014/07/21/1930/LfC4j/vem-que-eu-te-conto-pedro-bandeira-literatura-leitura.jpeg?1433089053331
Projeto
Projeto: Meu Corpo, Teu Corpo, Nosso Corpo!
Participantes: Alunos do 2º ano do Ensino Fundamental.
Duração do Projeto: 10 dias
Participantes: Alunos do 2º ano do Ensino Fundamental.
Duração do Projeto: 10 dias
Justificativa:
A partir de uma votação realizada em sala de aula, o presente projeto irá abordar temas relacionados com o corpo humano.
Iremos estudar os órgãos do sentido (paladar, olfato, tato, audição e visão) que são imprescindíveis para a sobrevivência do ser. Além de proporcionar o conhecimento e compreensão do conteúdo, a minha intenção também será de mostrar o valor que devemos dar aos órgãos e a importância de respeitar o próximo.
Vamos ainda trabalhar o assunto higiene, tendo em vista a necessidade de conscientizar os alunos e pais sobre este tema que é de suma importância para o bem estar e boa saúde.
Iremos estudar os órgãos do sentido (paladar, olfato, tato, audição e visão) que são imprescindíveis para a sobrevivência do ser. Além de proporcionar o conhecimento e compreensão do conteúdo, a minha intenção também será de mostrar o valor que devemos dar aos órgãos e a importância de respeitar o próximo.
Vamos ainda trabalhar o assunto higiene, tendo em vista a necessidade de conscientizar os alunos e pais sobre este tema que é de suma importância para o bem estar e boa saúde.
Objetivo Geral:
Realizar um apanhado geral dos assuntos relacionados ao corpo humano, como cuidados com o corpo, higiene e órgãos do sentido.
Objetivos Específicos:
- Identificar os órgãos do sentido;
- Compreender a importância dos cuidados com o corpo;
- Conscientizar e promover a boa higiene;
- Valorizar os órgãos do sentido;
- Diferenciar as partes do corpo;
- Desenvolver a psicomotricidade;
- Estimular a criatividade.
Recursos:
- Desenho;
- Colagem;
- Brincadeiras;
- Músicas;
- Literatura infantil;
- Pesquisa;
- Atividades escritas;
- Recortes.
Culminância:
- Confecção de um boneco de meia e jornal com todas as partes do corpo identificadas.
- Realização de uma eleição para escolhermos o nome do boneco.
- O boneco irá percorrer as casas dos alunos durante um período estipulado pela professora para que cada aluno tenha a oportunidade de cuidá-lo.
Avaliação:
Será avaliado do decorrer do projeto a participação, a colaboração e a organização da turma durante as atividades bem como a internalização dos conteúdos estudados.
FONTE:http://cantinhoeducativo2012.blogspot.com.br/