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domingo, 31 de maio de 2015

TÓPICO: PENSA QUE ACABOU?

O tópico “Pensa que Acabou?” visou dar abertura para o grupo  incluírem  outros conteúdos pertinentes e relevantes sobre as possíveis áreas de interesse do professor do Ensino Fundamental I, tanto para sua formação de forma mais ampla como para o trabalho com projetos. 



professores LEITORES, ESTÃO ATENTOS A NOVAS E VELHAS HISTÓRIAS, CONHECEM GÊNEROS E AUTORES VARIADOS. POR ISSO, ORGANIZAMOS ESTA PÁGINA ESPECIAL ILUSTRADA E PUBLICADA EM NOVA ESCOLA. PARA LER SOZINHO, EM FAMÍLIA OU COM SEUS ALUNOS, EM QUALQUER FAIXA ETÁRIA. BOA LEitura.







LENDAS E FÁBULAS:

Lenda De bem com a vida
Foto:
Filó, a joaninha, acordou cedo.
- Que lindo dia! Vou aproveitar para visitar minha tia.
- Alô, tia Matilde. Posso ir aí hoje?
- Venha, Filó. Vou fazer um almoço bem gostoso.
Filó colocou seu vestido amarelo de bolinhas pretas, passou batom cor-de-rosa, calçou os sapatinhos de verniz, pegou o guarda-chuva preto e saiu pela floresta: plecht, plecht...
Andou, andou... e logo encontrou Loreta, a borboleta.
- Que lindo dia!
- E pra que esse guarda-chuva preto, Filó?
- É mesmo! - pensou a joaninha. E foi para casa deixar o guarda-chuva.
De volta à floresta:
- Sapatinhos de verniz? Que exagero! - Disse o sapo Tatá. Hoje nem tem festa na floresta.
- É mesmo! - pensou a joaninha. E foi para casa trocar os sapatinhos.
De volta à floresta:
- Batom cor-de-rosa? Que esquisito! - disse Téo, o grilo falante.
- É mesmo! - disse a joaninha. E foi para casa tirar o batom.
- Vestido amarelo com bolinhas pretas? Que feio! Por que não usa o vermelho? - disse a aranha Filomena.
- É mesmo! - pensou Filó. E foi para casa trocar de vestido.
Cansada da tanto ir e voltar, Filó resmungava pelo caminho. O sol estava tão quente que a joaninha resolveu desistir do passeio.
Chegando em casa, ligou para tia Matilde.
- Titia, vou deixar a visita para outro dia.
- O que aconteceu, Filó? - Ah! Tia Matilde! Acordei cedo, me arrumei bem bonita e saí andando pela floresta. Mas no caminho...
- Lembre-se, Filozinha... gosto de você do jeitinho que você é. Venha amanhã, estarei te esperando com um almoço bem gostoso.
No dia seguinte, Filó acordou de bem com a vida. Colocou seu vestido amarelo de bolinhas pretas, amarrou a fita na cabeça, passou batom cor-de-rosa, calçou seus sapatinhos de verniz, pegou o guarda-chuva preto, saiu andando apressadinha pela floresta, plecht, plecht, plecht... e só parou para descansar no colo gostoso da tia Matilde.

CRÔNICA:

A professora de Desenho


Falando a verdade, escola é uma chatice. Pelo menos a minha era uma chatice. Essa história de aprender tabuada, fazer prova, lição de casa... eu não gostava. Ficava feliz quando aparecia uma gripe. Existe coisa melhor? Eu juntava todos os brinquedos em cima da cama. Traziam revistinhas. Chocolates. Televisão no quarto. Era ótimo.

Disse que a escola era muito chata, mas esqueci de uma coisa: as aulas de desenho. Essas eram legais.

Toda sexta-feira, depois do recreio, a dona Marisa (naquele tempo a gente não chamava a professora de "tia", nem usava só o nome dela, sem nada, assim: "Marisa"; tinha de ser "dona Marisa") - enfim, a dona Marisa saía da sala, e entrava a professora de desenho. A dona Andréia.

A dona Marisa era meio gorducha, usava coque no cabelo e se pintava feito louca. Batom. Sombra azul nos olhos. Meio perua. Eu não gostava da dona Marisa.

Mas aí entrava a professora de desenho. A dona Andréia era mocinha. Tinha cabelos castanhos. Lisos e compridos.

A aula de desenho era uma farra. A gente abria os cadernos, que não tinham linhas, só folhas de papel em branco, para a gente fazer o que quisesse. Podia. Dona Andréia deixava.
Ela era linda.

Um dia, ela se atrasou. O tempo ia passando, e ela não chegava. Todo mundo estava louco para ter aula de desenho.

Por que será que ela estava atrasada?

Nessa idade, a gente sabe muito pouco da vida dos adultos. Talvez a dona Andréia tivesse brigado com o namorado. Pode ser que o diretor da escola tivesse dado uma bronca nela. Vai ver que tinha alguém doente na família.

Mas a gente não queria saber de nada. Só queria ter aula de desenho.

Foi quando a dona Andréia apareceu. Todos nós ficamos contentes.

Não foi só contente. Foi uma espécie de alegria total, de gritaria, de explosão.

Ela entrou na classe.

Alguém gritou:
- É a Andréia! 
Não era o jeito certo de falar. Tinha de dizer "dona Andréia". Mas àquela altura ninguém estava ligando. Todo mundo começou a gritar:

- É a Andréia! É a Andréia!

O berreiro foi ganhando ritmo. Como se fosse torcida de futebol.

- AN-DRÉ-IA! AN-DRÉ-IA!

Parecia um jogador entrando em campo. Ou um cantor de rock.

- AN-DRÉ-IA! AN-DRÉ-IA!

Ela começou ficando alegre com a zoeira. Deu um sorriso. O sorriso dela era lindo.

- AN-DRÉ-IA!

Depois, ela ficou um pouco assustada. Não estava entendendo a bagunça.

- AN-DRÉ-IA!

Foi então que eu vi. Ela começou a chorar.

E saiu da sala.

Na hora, não entendi.

Fiquei pensando.

Quem sabe ela se assustou muito. Talvez não imaginasse que a gente gostava tanto dela.

E, às vezes, muito amor assusta as pessoas.

Pode ser que ela tivesse ficado brava. Tínhamos de dizer "dona Andréia", e não dissemos. Era meio chocante só dizer "Andréia", como se ela fosse irmã da gente, ou apresentadora de televisão, ou empregada.

Ela também pode ter chorado por outro motivo qualquer. Estava triste com o namorado, ou com alguma doença da família, e toda aquela alegria da gente atrapalhando os sentimentos dela.

A Andréia nunca mais voltou.

As aulas de desenho acabaram. Comecei a perceber uma coisa.

É que às vezes, quando a gente gosta demais de uma pessoa, não dá certo. Dá uma bobeira na gente. A gente começa a gritar:

- Andréia! Andréia!

E a Andréia fica sem jeito. Não sabe o que fazer. Se assusta. Se enche.

Ouça este conselho.

Se você gosta muito de alguém, tome cuidado antes de fazer escândalo. Não fique gritando "Andréia! Andréia!". Finja que você só está achando a pessoa legal, nada mais. Senão a Andréia sai correndo.

Quando a gente gosta de alguém, tem de fazer como sorvete. Dá uma mordidinha. Mas não enfia o nariz e a boca na massa de morango. Senão, vão achar que a gente é idiota.

As pessoas da minha classe gostavam tanto da Andréia, que ela foi embora. Se a gente fosse mais esperto fingia que não gostava tanto.

A GATA APAIXONADA

Ilustração: Andrea Ebert
Quando perguntam como é que eu consegui sair com a Carla, eu respondo que foi por causa do Aldemir Martins. O pintor famoso. 

Eu estava, tranqüilo, estudando. Juro. Lá pelas 3 da tarde o telefone tocou. Era ela, a vizinha da casa 3. 

A mãe morreu há uns quatro anos. O pai é superciumento, não a deixa satir de casa nunca. 

- Oi, Rodrigo... Você tem um gato grande, malhado? 

- Tenho. O nome dele é Sorvete. 

- Sorvete? 

- Quando a gente encosta a mão, ele se derrete todo. 

- Ele briga com a minha gata, a Tati. Já aconteceu várias vezes. Acho que é ciúme. 

- De outro gato? 

- Não. De um quadro. Uma pintura. Do Aldemir Martins. 

Dez minutos depois eu estava na sala da casa dela. Só nós dois. 

- Você vai ver - ela disse. 

- É sempre na mesma hora. Já ouviu falar do Aldemir Martins? 

- Já. É um pintor famoso pra caramba. Mora aqui em São Paulo. 

- Morava. Morreu há pouco tempo. Minha mãe era apaixonada pela pintura dele. Ele ilustrava livros, revistas, jornais... Pintava cangaceiros, galos, passarinhos, peixes... 

- Tô sabendo. Desenhava até rótulos de maionese, de vinho... 

- Minha mãe comprava tudo que podia. A gente comia em pratos desenhados por ele, tinha lençóis, tapetes, cortina de banheiro... 

Carla me levou pra um canto da sala. Em cima de uma imitação de lareira, havia uma tela do Aldemir Martins, pequena, com o desenho de um gato. Um gato gordo, vermelho e azul, um focinho enorme, mostrando as garras, sedutor, os olhos verdes calmos, hipnóticos. 

- Minha mãe adorava esse quadro. 

Então ela me puxou pra trás de uma cortina pesada, que cobria a vidraça que dava pro jardim. 

Tati entrou na sala. Pulou pro beiral da falsa lareira e parou em frente ao quadro, olhando pro gato pintado. Ficamos assim uns 20 minutos, escondidos, calados. Até que ele apareceu. O velho Sorvete. O gato mais descolado do pedaço. Veio gingando, passou entre os móveis, parou na frente da lareira, olhou pro alto e não gostou nada do que viu. 

Carla segurou no meu braço. 

Sorvete pulou pro beiral. 

Briga de gato é mais rápido que videogame. Tati pulou, atravessou uma janela aberta e fugiu pro jardim, com o Sorvete atrás. 

- Minha mãe dizia que um artista é capaz de recriar a vida. Se Deus existe, com certeza é um artista. Mas acho que você vai ter de trancar o Sorvete em casa, Rodrigo. Não gostei daquilo. 

- Não, Carla. A gente encontra outro jeito. Pra mim as pessoas, os bichos, qualquer coisa que se mexa... têm de ter liberdade. Têm de ter uma janela aberta. 

- Mas o Sorvete é meio selvagem... 

- Isso. É assim que eu gosto dele. Eu também sou meio selvagem. Sabe o que eu faço? Eu como o tomate inteiro. Eu não fico esperando a minha mãe partir e colocar na salada! 

Ela riu. Não sei de onde eu tirei essa história do tomate. Aí me empolguei, e ia dar mais exemplos de como eu era selvagem, mas a cortina se abriu de repente e o pai dela apareceu. 

O cara ficou nervoso, quase chamou a polícia, mas depois a gente explicou, ele se arrependeu e acabou até deixando a filha sair comigo. 

Eu e a Carla estamos namorando. Juro

POESIA:

MEU AMIGO DINOSSAURO
Ilustração: Alarcão

Um pequeno dinossauro
Apareceu no jardim
Educado, inteligente,
O seu nome era Joaquim.

Nunca consegui saber
De onde foi que ele saiu
Quando a gente perguntou
Disfarçou e até sorriu...

Ficou muito nosso amigo
Fez tudo que é brincadeira.
Levou o Miguel pra escola
Levou a mamãe pra feira.

As pessoas espiavam
Estranhavam um pouquinho
Onde será que arranjaram
Este dinossaurosinho?

Nessa tarde o papai trouxe
Um amigo bem distinto
Que se espantou e exclamou:
— Mas este bicho está extinto!

Há muitos milhões de anos
Ele já virou petróleo!
Ou já virou gasolina,
Ou algum tipo de óleo.

Meu dinossauro sorriu
— Estou vivo, "podes crer"!
Eu não virei querosene
Como o senhor pode ver!

Antigamente diziam
Que o petróleo era formado
Por montes de dinossauros
Um sobre o outro empilhados.

Mas isso não é verdade!
Foram plantas e outros bichos
Que ficaram bem fechados
Entre buracos e nichos.

Sofreram muita pressão
Por muitos milhões de anos
Sofreram muito calor
No fundo dos oceanos.

— Mas então por que o petróleo
Até parece cigano?
Ora aparece na Terra,
Ora debaixo do oceano!

É porque o planeta Terra
Esteve sempre a mudar
Depois de milhões de anos
Tudo mudou de lugar.

Todos ficaram espantados
De tanta sabedoria
E perguntavam: — Que mais
Sabe Vossa Senhoria?

— Sei ainda muitas coisas
Disse o amigo Joaquim
Para que serve o petróleo
E outras coisas assim.

Petróleo move automóvel,
Navio, trem, avião,
Ônibus e motocicleta,
Helicóptero e caminhão.

Com petróleo se faz pano,
Brinquedo, bolsas e mala,
Pele pra fazer salsicha,
Copos, pratos, nem se fala.

Se faz tinta, faz garrafa,
Material de construção,
Se fazem peças de automóvel
E se faz tubulação.

— Tenho mais uma coisinha
Pra dizer. - Pois então diga!
E o dinossauro puxou
O fecho em sua barriga.

E saíram lá de dentro
O Pedro mais o Raimundo
— Nós não somos dinossauro,
Enganamos todo mundo!
Poema de Ruth Rocha, ilustrado por Alarcão


Acesse: http://msalx.revistaescola.abril.com.br/2014/07/21/1930/LfC4j/vem-que-eu-te-conto-pedro-bandeira-literatura-leitura.jpeg?1433089053331 


Projeto



Projeto: Meu Corpo, Teu Corpo, Nosso Corpo!
Participantes: Alunos do 2º ano do Ensino Fundamental.
Duração do Projeto: 10 dias
Justificativa:
A partir de uma votação realizada em sala de aula, o presente projeto irá abordar temas relacionados com o corpo humano.
Iremos estudar os órgãos do sentido (paladar, olfato, tato, audição e visão) que são imprescindíveis para a sobrevivência do ser. Além de proporcionar o conhecimento e compreensão do conteúdo, a minha intenção também será de mostrar o valor que devemos dar aos órgãos e a importância de respeitar o próximo.
Vamos ainda trabalhar o assunto higiene, tendo em vista a necessidade de conscientizar os alunos e pais sobre este tema que é de suma importância para o bem estar e boa saúde.
Objetivo Geral:
            Realizar um apanhado geral dos assuntos relacionados ao corpo humano, como cuidados com o corpo, higiene e órgãos do sentido.
Objetivos Específicos:

  • Identificar os órgãos do sentido;
  • Compreender a importância dos cuidados com o corpo;
  • Conscientizar e promover a boa higiene;
  • Valorizar os órgãos do sentido;
  • Diferenciar as partes do corpo;
  • Desenvolver a psicomotricidade;
  • Estimular a criatividade.
Recursos:
  • Desenho;
  • Colagem;
  • Brincadeiras;
  • Músicas;
  • Literatura infantil;
  • Pesquisa;
  • Atividades escritas;
  • Recortes.

Culminância:
  • Confecção de um boneco de meia e jornal com todas as partes do corpo identificadas.
  • Realização de uma eleição para escolhermos o nome do boneco.
  • O boneco irá percorrer as casas dos alunos durante um período estipulado pela professora para que cada aluno tenha a oportunidade de cuidá-lo.

Avaliação:
            Será avaliado do decorrer do projeto a participação, a colaboração e a organização da turma durante as atividades bem como a internalização dos conteúdos estudados.
FONTE:http://cantinhoeducativo2012.blogspot.com.br/

sábado, 30 de maio de 2015

TÓPICO: SARAU

Projeto Sarau


PLANO DE AÇÃO
SARAU NA ESCOLA

PROPOSTA DE AÇÃO
Realizar saraus periódicos na escola como estratégia para atrair as famílias, valorizando os talentos culturais presentes na comunidade.
 CONTEXTUALIZAÇÃO
Sarau é um evento cultural onde as pessoas se encontram para se expressarem ou se manifestarem artisticamente. A palavra tem origem no termo latino serus (relativo ao entardecer), porque acontecia, em geral, no fim do dia. Pode envolver dança, poesia, círculos de leitura, seção de filme, música, bate-papo filosófico, pintura, teatro etc. Muito comuns no século XIX, os saraus vêm sendo resgatados e reinventados pelas escolas como uma maneira de fortalecer a identidade da comunidade escolar, promovendo a integração de todos de forma descontraída, criativa e mais envolvente do que a tradicional reunião de pais.
É um momento para a soma conhecimentos, descobertas e vivências coletivas. Ao promover esses encontros, a Unidade Escolar ultrapassa seus muros e se fortalece como um pólo cultural da localidade. As famílias passam a se reconhecer na escola, o que acaba por ter um impacto muito positivo no envolvimento delas com os estudos dos filhos.
Além disso, o sarau é também um momento de tomada de consciência, pois a cultura desperta asensibilidade das pessoas para a realidade à sua volta e as estimula a refletir sobre ela a partir de outras linguagens.
COMO EXECUTAR
 Marcar uma reunião para compartilhar a ideia com a  direção da escola, o grupo de professores e o Conselho Escolar (caso exista). Se  for bem recebida, formar uma Comissão Organizadora.
A Comissão Organizadora deve então preparar uma reunião de planejamento, na qual devem ser definidos os objetivos e as características do evento, o horário, as tarefas necessárias à sua realização e os responsáveis por cada uma delas. Os saraus podem acontecer bimestralmente, sempre com um tema diferente que reflita os desejos e a realidade local.
Mapear os grupos e artistas locais e convidá-los a participar.
Levantar os equipamentos necessários para a realização das atividades e procurar parceiros que possam emprestá-los.
Planejar a ambientação da escola segundo o tema de cada sarau. A decoração pode ser feita pelos alunos, como trabalho de sala de aula.
Criar estratégias de mobilização da comunidade, como convites para enviar às famílias e cartazes para espalhar pela escola e em outros pontos do bairro. Um grupo de alunos pode criar um “convite falado” e apresentá-lo na saída das aulas.   Convidar os funcionários da Unidade de Negócio e o grupo de agentes-chave para que também possa compartilhar conhecimentos e vivências com os alunos, participando ativamente das atividades.

QUEM PODE EXECUTAR
Mobilizadores, agentes-chave, professores, alunos e representantes do Conselho de Escola.
 DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE
Obs: a atividade pode ser adaptada conforme a realidade local e os conhecimentos prévios do mobilizador sobre o assunto.
As atividades do sarau devem ser planejadas de acordo com os interesses e talentos locais.
Apresentamos algumas sugestões:
1. Mesa de livros
Selecionar livros da biblioteca da escola (e outros doados/emprestados por parceiros) e espalhá-los sobre uma mesa grande. Os convidados sentam em  volta e ficam livres para folheá-los, copiar trechos ou ler alto para o grupo. A única regra é que os livros não saiam da mesa.
Algumas sugestões de autores: Cecília Meireles, Cora Coralina, Vinícius de Moraes, Eva Furnari, Tatiana Belinky, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mário Quintana, entre outros.
2. Exposição de artistas locais
Os artistas locais são convidados a se expressarem, nas suas diferentes linguagens, sobre o tema do sarau. Os trabalhos ficam expostos no pátio da escola.
 3. Recital de poesia
Os participantes podem se inscrever para declamar poemas (de sua autoria ou não). Para esta atividade, é interessante que alguns professores proponham oficinas de criação de poesias previamente, em sala de aula.
4. Quintal de brincadeiras
Convidar membros da comunidade a organizar um espaço onde possam ensinar para as crianças brincadeiras de sua época. Outra ideia é criar um “cantinho mágico”, onde podem acontecer oficinas de construção de brinquedos com sucata.
5. Momento de liberdade poética e musical
Espaço aberto para que qualquer pessoa possa apresentar algo que tenha interesse em apresentar na hora.
6. Exposição de arte
Murais onde podem ficar expostos desenhos, pinturas e outros trabalhos de arte visual feitos pelos alunos em sala de aula.
7. Oficina de cordel
Há algum cordelista no bairro? Convide-o a fazer uma oficina de criação de cordéis, que depois podem ficar expostos num varal.
8. Roda de contação de histórias
Professores, funcionários, pais ou mesmo alunos mais velhos podem conduzir esta atividade, voltada para as crianças. Sentadas em roda, elas ouvem a história contada pelo adulto e devem continuá-la, imaginando novos rumos para a trama. Em seguida, elas podem criar livros ilustrando a história. Para isso basta entregar folhas de sulfite dobradas ao meio e giz de cera. Eles podem ser finalizados grampeando ou amarrando um barbante na lombada.
9. Seção de cinema
Reservar uma das salas da aula (ou a própria sala de vídeo da escola, caso exista) para passar filmes que tenham relação com o tema do sarau. Ao final de cada seção, promover uma discussão sobre o assunto.
10.  Memória viva
Rodas de conversa com moradores antigos do bairro, na qual os estudantes podem entrevistá-los sobre sua infância, seus tempos de escola, suas formas de diversão etc.
11. Apresentações musicais
Convidar grupos locais a se apresentarem. Estipular um tempo ou número de músicas para cada um, orientando-os a se inspirarem no tema do sarau.
12. Oficina de artesanato
Membros da comunidade podem ensinar a fazer pequenos objetos de artesanato, de acordo com suas habilidades manuais.
13. Brincando com poemas
Criar uma série de desafios com a escrita a partir  de poemas conhecidos. Alguns exemplos: completar lacunas com as palavras que estiverem faltando, entregar versos separados em pequenos pedaços de papel e pedir que o grupo junte-os para formar poesias, criação de rimas etc. Um grupo de professores pode ficar responsável por organizar esta oficina.

14. Teatro
Convidar grupos de teatro da escola ou comunidade local a montarem peças ou esquetes inspirados no tema do sarau.
RECOMENDAÇÕES  
Em cada sarau, deixar uma caixa de sugestões em local visível para que os convidados possam sugerir temas para o próximo encontro.
Durante toda a organização do evento, é importante  incentivar o trabalho em equipe, a auto-organização, a criatividade e a improvisação, além de trabalhar valores como cooperação, ética e solidariedade. O processo é muitas vezes tão importante quanto o produto final.
O registro dos saraus pode ser feito pelos próprios alunos. Alguns podem tirar fotos, outros podem desenhar ou escrever relatos. Esse registro pode ser compartilhado em murais expostos na escola.
As famílias podem ficar responsáveis por organizar  a área de comida, montando barracas de lanches e comidas típicas. O dinheiro arrecadado pode ser usado para fazer um caixa para o próximo sarau. 
Além de ser um momento de descontração e resgate permanente da cultura popular, o sarau é também uma oportunidade de conhecer melhor o universo dos estudantes. Não perca a chance de usar isso como base para enriquecer o currículo da escola.
O sarau ganha mais significado se fizer parte do planejamento anual da escola e estiver integrado com as atividades de sala de aula.
O excesso de atividades pode complicar a organização do evento. Sempre que possível, promova a autogestão, deixando que os responsáveis  por cada oficina organizem o espaço e providenciem o material necessário.
O sarau é uma oportunidade de fazer as famílias circularem pela escola. Por isso, procure espalhar as atividades pelos diferentes espaços: biblioteca, salas de aula, sala de leitura, quadra, sala de vídeo e outros locais normalmente esquecidos.
 O que garante o sucesso de um sarau é a participação efetiva dos convidados. Os coordenadores de atividades devem estar sempre atentos para motivar os mais tímidos.
Fazer o registro da atividade e encaminhar o material (com fotografias) para ser publicado no Blog Educação.
Divulgar a atividade internamente na Unidade de Negócios, convidando os demais funcionários para prestigiar a escola.
 OBSERVAÇÃO
FONTE:http://marypiracty.blogspot.com.br/2012/06/projeto-sarau.html
A atividade aqui apresentada foi elaborada pelo Instituto Paulo Freire.
http://www.blogeducacao.org.br/wp-content/uploads/2011/02/Plano-Sarau-na-Escola.pdf




REALIZAR UM SARAU COM A TURMA
Você já reparou que muitas crianças, adolescentes, jovens e adultos gostam de recitar poemas, tirar versos e fazer brincadeiras de rimas? Esse gosto tem sido pouco explorado em virtude de outras ofertas de entretenimento e atividades variadas que ocupam grande parte do tempo de nossas crianças e jovens, bem como por causa das exigências do currículo escolar. No entanto, recentemente, os saraus literários voltaram a florescer em diversos espaços por todo o país. Com essa inspiração e aproveitando o gosto pela brincadeira com palavras e rimas, que tal organizar um sarau com sua turma? 

Este Experimente propõe uma sequência de atividades em que os alunos selecionam poemas e se preparam para apresentá-los em um evento público, organizado por eles. Ao oferecer aos jovens a oportunidade de se debruçar sobre o texto poético, estamos também lhes dando a chance de se aproximar de um gênero ligado à sensibilidade do escritor e do leitor, que comunica não só pelas palavras, mas pela sonoridade e pelas imagens construídas, estimulando a leitura como ação que desperta o imaginário e a criação.

Existem poemas milenares que atravessaram as fronteiras de tempo e espaço, passando de boca em boca, até chegar aos nossos dias. Um exemplo bem conhecido é o "Cântico dos cânticos", atribuído a Salomão. Essa obra, considerada o mais famoso poema de amor da humanidade, está no Antigo Testamento e inspira poetas, músicos e outros artistas até hoje. Atualmente, temos um vasto acervo poético, dos mais variados estilos, tanto para adultos como para crianças, que agrada diferentes gostos literários.

Para além das atividades de analisar a forma do poema e levantar as características desse texto (estrofes, versos regulares, uso de metáforas e, com certa frequência, uso de rimas), a proposta é experimentar o sabor de se deixar levar pelo texto poético, comentar, deliciar-se e escolher os que mais agradam a cada um. Essa é também uma possibilidade de se descobrir como leitor, entrando em contato com poemas de diferentes épocas e estilos, de forma livre e prazerosa.

Público-alvo: alunos de Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Objetivos:
• Desenvolver a sensibilidade e o gosto pela leitura de poemas.
• Conhecer um repertório de poemas por meio da leitura feita pelo professor e por si mesmo.
• Identificar nos textos lidos os jogos de palavras, as rimas, as repetições que marcam os ritmos, as intenções do autor, a beleza da linguagem.
• Conhecer alguns poetas, de estilos variados, e saber um pouco sobre sua vida, trajetória e principais obras.
• Reconhecer o sarau como um tipo de evento cultural.
• Participar ativamente da organização e realização de um sarau.
• Declamar poemas com ritmo e entonação adequados ao texto, ao público e à situação de comunicação.

Material:
• livros e sites de poesias;
• vídeos e áudios de pessoas experientes declamando poemas.


Sugestão de encaminhamento:



Apresentação da proposta 
Um bom jeito de começar é ler ou declamar um ou mais poemas para a turma e, em seguida, conversar sobre esses poemas e sobre outros que eles conheçam. Ao final, proponha a realização de um sarau, que poderá ser destinado ao público escolar ou aberto às pessoas da comunidade. Para isso, você pode pedir aos alunos que pesquisem o que é um sarau, como se organiza, além de pesquisarem poemas e trazer os que mais lhes agradarem para compartilhar com o grupo.




Ampliação de repertório 
Nas aulas seguintes, é interessante trazer poemas de estilos e autores variados para apresentar aos alunos. Você pode ler/declamar ou trazer áudios e/ou vídeos de pessoas experientes declamando. Caso conheçam poetas locais ou pessoas da comunidade afeitas a esse tipo de atividade, será muito enriquecedor convidá-los para se apresentar à turma.
É interessante fazer parceria com o responsável pela biblioteca ou sala de leitura da escola, ou ainda com a biblioteca municipal ou o centro cultural mais próximo, apresentando a proposta que está desenvolvendo. Você pode combinar algumas visitas periódicas a esses ou outros locais de difusão da cultura letrada para ampliar as possibilidades de contato com diferentes estilos de poesia e outros gêneros literários.
Estimule os alunos a ler e/ou declamar os poemas selecionados por eles. Nessas aulas é importante garantir um tempo para comentários: por que escolheram determinado poema, o que sabem sobre o autor, o que acham do estilo do poema, a comparação com outros poemas ou estilos conhecidos pela turma até agora. Outra estratégia para instigar a participação dos alunos é, após a leitura, relembrar alguns trechos escolhidos pelo professor ou que chamaram a atenção dos alunos, ressaltando alguns aspectos: a beleza de uma expressão; a brincadeira com os sons; as possibilidades de significado de determinados trechos ou do poema todo; o entendimento de uma metáfora usada etc. 
Procure favorecer a reflexão sobre esse gênero textual: como são criados os efeitos sonoros em determinados poemas; a regularidade da métrica de muitos deles; a musicalidade gerada por meio da repetição de sons; os diferentes sentidos e climas criados pela repetição de palavras ou versos, ou por recursos como metáforas e comparações; o poema como expressão de sentimentos diversos e por vezes contraditórios, desde amor, amizade, até revolta, contrariedade, ódio. 




Seleção de repertório 
Essas audições seguidas das conversas contribuirão para que, pouco a pouco, os alunos descubram seus estilos, temas e autores preferidos. Ao mesmo tempo que ampliam seu repertório poético, eles já podem ir escolhendo os poemas que querem apresentar no sarau. Deixe-os à vontade para escolher se preferem ler em voz alta ou memorizar um poema e declamá-lo de forma mais dramática, coletiva ou individualmente. 
É interessante oferecer algumas estratégias de memorização. Por exemplo: declamar ou ler para os alunos o poema inteiro durante alguns dias consecutivos; declamar e pedir que repitam verso por verso; declamar junto com os alunos à medida que vão memorizando o texto; ouvir declamações de poetas ao vivo ou em áudio; um aluno ler poemas em voz alta, fazendo pausas para que os demais repitam cada trecho. Clique aquipara ler mais dicas. 

Ensaios 
A ideia de se apresentar publicamente pode intimidar alguns alunos. Para garantir que eles se saiam bem nessa empreitada, é preciso ensaiar com a classe e conversar sobre suas atuações para que se aperfeiçoem pouco a pouco e se sintam mais à vontade com a exibição no dia do sarau. 
Combine com a turma dias da semana nos quais dois ou três alunos recitam um poema para os demais. Caso tenham selecionado o mesmo poema, não há problema, pois o que importa nesse momento é que assumam lugar semelhante ao que ocuparão no dia do sarau. Após os ensaios, estimule o grupo a tecer comentários, enfatizando o que cada colega revelou de bom em sua apresentação e dando dicas do que pode ser melhorado. 
Por fim, oriente a turma a organizar o repertório que vão apresentar. Os estudantes podem optar por ler ou declamar alguns poemas individualmente, outros em duplas, pequenos grupos ou até apresentar um poema coletivamente. 
Além de decidir se vão ler ou declamar, os jovens podem usar outros recursos na apresentação, como: instrumentos para marcar o ritmo; imagens estáticas ou em movimento que possam enriquecer a apresentação do poema; movimentos sincronizados para enfatizar uma imagem do texto; ou qualquer outra ideia que lhes tenha surgido, seja inspirados pelo poema, seja com base nas pesquisas realizadas ou em outros saraus a que tenham assistido. Oriente-os a ensaiar bem para que esses recursos não comprometam a leitura ou declamação. 
Se houver alunos que tocam instrumentos musicais ou cantam, estimule-os a apresentar seus talentos e acompanhar as leituras e declamações dos colegas. Trazer outras modalidades artísticas – como esquetes teatrais, desenhos, pinturas, esculturas – elaboradas pelos estudantes também enriquecerá o sarau. 

Preparação 

Envolva toda a turma na organização do evento, definindo: o local, o dia e o horário em que acontecerá; a produção dos convites, as formas de divulgação e quem serão os convidados; os recursos que serão usados nas apresentações etc. Se forem utilizar aparelhos para amplificar o som, é necessário treinar o uso do microfone. É preciso saber: como posicioná-lo diante da boca; a distância que se deve tomar para que a voz não fique estridente, ou para que não se produzam sons desagradáveis no meio da fala; como se posicionar caso o microfone esteja num pedestal; cuidados para não se enroscar no fio, entre outros. 
O grupo deverá divulgar o evento e enviar os convites com pelo menos uma semana de antecedência. No dia do sarau, o espaço deve estar preparado, conforme o que tenham combinado, de modo que seja aconchegante e agradável para os convidados e os "artistas". É interessante decorar o local com poemas ilustrados pelos alunos ou outras obras artísticas. Um cuidado importante: o palco deve ter um fundo mais neutro para não desviar a atenção do público daquele que está se apresentando.

Avaliação 

Combine com a turma um dia para avaliar o evento: oriente que cada um enfoque a própria atuação, pois assim aparecerão mais os pontos positivos, que favorecem o fortalecimento da autoestima e a confiança entre o grupo e o professor. Você pode apresentar, com cuidado, alguns pontos frágeis do evento como um todo (não em apresentações individuais). Procure destacar os conhecimentos construídos ao longo de todo o preparo do sarau e o que pode ser aprimorado nos próximos eventos.


Há inúmeros materiais interessantes sobre poesia espalhados na rede. Fizemos uma seleção que pode ajudar a ampliar o repertório da turma e colaborar nos ensaios:

• O poeta Carlos Drummond de Andrade declama seu poema “Mundo grande”.
• A intérprete Maria Bethânia declama “Passagem das horas”, de Álvaro de Campos (heterônimo de Fernando Pessoa).
• O poeta Manoel de Barros declama alguns de seus poemas.
• Poemas de Cecília Meireles.
• Poemas de Sérgio Vaz.
• Poemas de Múcio Góes.
• Site da poetisa Roseana Murray.
• Vídeo “Como organizar um sarau”, da revista Nova Escola.


Autora da oficina: Madalena Monteiro, contadora de histórias e formadora do Projeto Entre na Roda. 

FONTE:http://www.plataformadoletramento.org.br/acervo-experimente/605/realizar-um-sarau-com-a-turma.html?pagina=3

TÓPICO : ARTES

ARTE
FONTE: http://www.seduc.mt.gov.br/Paginas/Arte,-inf%C3%A2ncia-e-forma%C3%A7%C3%A3o-de-professores.aspx
A arte tem dupla capacidade expressiva e sugestiva. Pois, ela exprime o inteligível no sensível, sendo capaz de encarnar uma idéia ou um sentimento, na matéria, seja esta a tinta, argila, o mármore, as palavras, dança ou música.
Bose (2000, p.12) Cita que a arte é um fazer- A arte é um conjunto de atos pelos quais se muda a forma, se transforma a matéria oferecida pela natureza e pela cultura. Nesse sentido, qualquer atividade humana, desde que conduzida regularmente a um fim, pode chama- se artística.
 Para GODOY (2003), as pessoas participam de vários meios que se entrelaçam algumas vezes se sobrepõem e outras podem se conflitar, possibilitando, com esse movimento, o desenvolvimento das linguagens expressivas.
Os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (BRASIL, 1998) sugerem, no âmbito de experiência de conhecimento de mundo, eixos de trabalho orientados para a construção das diferentes linguagens pelas crianças e para as relações que estabelecem com os objetos de conhecimento: movimento, música, artes visuais, linguagem oral e escrita, natureza, sociedade e matemática.
A arte é uma maneira que possibilita o ser humano de expressar suas emoções, sua historicidade, manifestações culturais de diversos padrões estéticos. Conforme a percepção da progressão da história da arte o autora relata que:

Para que a arte tenha uma história, espera-se dela não só um caráter atemporal, mas também algum tipo de seqüência ou progressão, já que é isso que “ história” sugere. Nossos livros de história estão repletos de eventos do passado que nos são apresentados quer como parte de um movimento continuo em direção ao progresso quer como historias de grandes homens ou de épocas que se destacar das outras por exemplos o Renascimento Italiano ou Iluminismo. Com relação a essas formas cristalizada de pensar sobre o passado, a história da arte e não nos desaponta no encontro dessas duas vertentes, podemos ver como a história reorganiza a experiência visual, fazendo com que assuma uma séria de forma. Arnold (2008, pg. 18).

 A arte evolucionou e ocupando um ambiente amplo em nossa sociedade, sendo algumas representações da arte imprescindíveis como é a música. 
Moura (2011, p.10) relata a importância da música no desenvolvimento dos educandos.
   A disposição do professor e dos alunos em círculo, sentados preferencialmente no chão, para o desenvolvimento de grande parte das atividades gera aproximação e contribui para uma aprendizagem efetiva em atmosfera descontraída. Assim, além dessas a dispersão é  minimizada pois todos tem condições de observa tudo e o professor pode assumir seu papel de líder de maneira natural, já que faz parte do grupo. É preciso incentivar a participação ativa do aluno. Da mesma forma que por meio de movimentar o corpo, a criança concretiza elementos e idéias musicais ao trazer as vivenciam de seu mundo, ela contribui criativamente para o enriquecimento das atividades desenvolvidas na classe.
A arte como prática pedagógica deve valorizar a arte, e suas vertentes artísticas, desenvolvendo a criatividade individual da criança.
No contexto das acepções na educação, a Arte refere-se à competência que induze o indivíduo a compreender e então desvendar e desenvolver as habilidades sobrepujadas em si.
Muitas vezes não é compreendido pelos educandos que interrogam o porquê aprender determinados conteúdos, mas acabam se deparando no cotidiano com um mundo visual, onde até as combinações das roupas depende do equilíbrio e da harmonia de cores.
As expressões artísticas é um fator decisivo para a construção do saber, para o desenvolvimento humano individual e social.  Através das diferentes dinâmicas o educador artístico pode trabalhar as sensibilizações, as expressões orais e corporais, interpretações, comunicações enfim a criatividade.
 Bosi (2000 p. 50) aponta a idéia de expressão:
“ A idéia de expressão está intimamente  ligada a um nexo que se pressupõe existir entre uma fonte de energia e um signo que a veicula ou a encerra, uma  força que se exprime a uma forma que a exprime. Força e forma remetem- se a compreendem-se mutuamente. A relação constante entre força e forma permite a  constituição de um saber que investiga as correspondências entre as expressões corporais e a sua qualidade subjetiva.

 Além disso, a Arte nos ajuda a compreender as condições íntimas dos indivíduos, uma vez que, através dos seus sentimentos expressam por múltiplos meios das diversas linguagens artísticas , seja ela a música, dança teatro e artes visuais.
Uma das mais antigas formas de expressão artística é realizada por meio dos movimentos, a linguagem corporal reflete isso. O ser humano em grande parte de sua existência na terra, além de expressar através da fala, manifestavam- se também através de movimentos corporal diversos.
A dança é uma das expressões da vertente da Arte, é uma das mais antigas e nem sempre foi aceita pela sociedade, de acordo com o relato de Tadra [et al]:
A dança na Idade Média era proibida pela Igreja, pois toda manifestação corporal, segundo o cristianismo, era pecado, assim como seus registros. Porém os camponeses, de forma oculta, continuaram executando suas danças que saudavam suas crenças e manifestações populares. Depois de várias tentativas de proibição, a Igreja sentiu a necessidade de tolerar essas danças e, por não conseguir extingui-los, Du um ar de misticismo às manifestações pagãs. Mas tarde a cargo dos nobres, a dança reaparece dentro dos palácios, com o intuito de pura diversão (2009, p. 23).

A arte possibilita o ser humano a construir, reconhecer a sua própria cultura através da arte.
Engelmann (2008 p. 24) expõe que “Quando o homem se reconhece como um ser fazedor de cultura, ele tem condições de criar uma consciência filosófica que lhe permite recriar, repensar, elaborar novos questionamentos, atribuir novos significados às coisas e também desenvolver a arte”.
O PCN reconhece a arte como componente curricular obrigatório da educação básica, destacando a arte como essencial para a criação artística dos educandos:
A área de Arte que se está delineando neste documento visa a destacar os aspectos essenciais da criação e percepção estética dos alunos e o modo de tratar a apropriação de conteúdos imprescindíveis para a cultura do cidadão contemporâneo. As oportunidades de aprendizagem de arte, dentro e fora da escola, mobilizam a expressão e a comunicação pessoal e ampliam a formação do estudante como cidadão, principalmente por intensificar as relações dos indivíduos tanto com seu mundo interior como com o exterior.
O aluno desenvolve sua cultura de arte fazendo, conhecendo e apreciando produções artísticas, que são ações que integram o perceber, o pensar, o aprender, o recordar, o imaginar, o sentir, o expressar, o comunicar. A realização de trabalhos pessoais, assim como a apreciação de seus trabalhos, os dos colegas e a produção de artistas, se dá mediante a elaboração de idéias, sensações, hipóteses e esquemas pessoais que o aluno vai estruturando e transformando, ao interagir com os diversos conteúdos de arte manifestados nesse processo dialógico. Produzindo trabalhos artísticos e conhecendo essa produção nas outras culturas, o aluno poderá compreender a diversidade de valores que orientam tanto seus modos de pensar e agir como os da sociedade. Trata-se de criar um campo de sentido para a valorização do que lhe é próprio e favorecer o entendimento da riqueza e diversidade da imaginação humana. Além disso, os alunos tornam-se capazes de perceber sua realidade cotidiana mais vivamente, reconhecendo e decodificando formas, sons, gestos, movimentos que estão à sua volta. O exercício de uma percepção crítica das transformações que ocorrem na natureza e na cultura pode criar condições para que os alunos percebam o seu comprometimento na manutenção de uma qualidade de vida melhor  (1998, pg. 19)

A arte desde início da socialização do indivíduo faz- se presente, pois quando uma criança expõe através de desenho, com a associação do lápis e papel gerando uma imagem, essa é intencional visa à comunicação, mas não é somente através deste que reconhecemos a importância do desenho para a comunicação, visto que desde a pré- história o homem manifestava seus sentimentos, expressões e cultura através de sinais e desenhos nas pedras.
Derdyk (2004, p. 29) define assim sobre o significado do desenho:

Seja no significado mágico que o desenho assumiu para o homem nas cavernas, seja no desenvolvimento do desenho para a construção de  maquinários no inicio da era industrial, seja na sua aplicação mais  elaborada para o desenho industrial e a arquitetura, seja na função de  comunicação que o desenho exerce na ilustração, na historia em quadrinhos, o desenho reclama a sua autonomia e sua capacidade de  abrangência como um meio de comunicação, expressão e conhecimento.

No conceito de DONDIS (1997, p.02) Como linguagem artística, o desenho assim como as demais manifestações da arte “... significa muitas coisas, em muitas circunstancias e para muitas pessoas.”
A arte humaniza e socializa tanto no processo de ensino aprendizado utilização por meio educacional quando na sociedade em geral, seja ela desenvolvida através da dança, teatro, música, pintura, arte- educação e museus, etc., pois se temos consciência de que a educação é a base estrutural, juntamente com a família, de uma sociedade plena, também temos consciência de que precisamos cada vez mais desta oferta para as condições de vivência social.
Segundo Bueno (2008, p. 16) A arte também tem a função de apresentar o visual, o musical, o corporal, enfim, é através da “arte” em mãos ( e também nossos olhos) podemos portanto, fazer grandes descobertas.
A arte em si busca preserva a importantes riquezas artísticas, ela exatamente reuni todas as dimensões humanas, emotiva, racional, mística, expressões corporais, etc., proporcionando uma experiência única, e insubstituível por qualquer área do conhecimento, a arte é fundamental na construção da identidade do individuo e de toda uma sociedade, e propicia conhecermos novas culturas e é através disso que percebermos a nossa particularidade artística e cultural.

ARTE E O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA 

A infância é um processo gradual e individual variando o desenvolvimento, comportamento, e o processo intelecto para diferentes crianças. A vida infantil e seus períodos vão depender de cada convívio, cada cultura. Cada etapa deve ser respeitada, tudo acontece em seu momento até completar seu período transitório de mudanças.
A criança mobiliza todo o seu ser, entregando as experiências que acarretam a criações, desenvolvendo assim, a percepção, observação, desenvolvimento lógico e expressões. O desenho acompanha o desenvolvimento das crianças, e através dele observamos como as crianças se relacionam com a realidade e com os elementos de sua cultura e como traduzem essas percepções gráficas.
As crianças devem formar sua própria linha de pensamento e sensibilidade, quando estão se expressando, e não podemos julgar os seus trabalhos como se fossem obras imperfeitas de um adulto, afinal a representação é da criança e não de quem as observa.
 Rau (2011 p. 67) conceitua o trabalho pedagógico como
O trabalho pedagógico na educação infantil, atualmente, requer uma abordagem diferente. Isso ocorre porque a criança, desde cedo, é exposto a um número maior e diversificado de estímulos cerebrais que por sua vez, provocam reações diferentes. Pesquisas têm evidenciado o aluno como um sujeito que apresenta um desenvolvimento intelectual, afetivo e social precoce. Isso se deve ao fato de ele estar inserido em um contexto familiar e educacional diverso do observado em década anteriores. Estudos também revelam que a criança, atualmente, apresenta diferentes formas de ansiedade, receios e inseguranças.
Outro método do desenvolvimento das crianças e a utilização do lúdico aplicado a Arte, sendo uma forma prazerosa e significativa, no processo de aprendizagem, conforme a citação.
Nessa perspectiva ao pensamos em proposições praticas para o tratamento do lúdico como recurso pedagógicos deve haver a preocupação com a escola da atividade, principalmente com o que o jogo pode proporcionar na intervenção do processo de ensino- aprendizagem, e não apenas com o tipo de jogo. (Rau 2011 pg. 64).
O conceito do desenvolvimento da criança foi sofrendo mudanças aos longos dos tempos. Desde o período feudal até os dias atuais podemos ver concepções diferentes para a vida das crianças. São concepções imposta pelos adultos, vinculadas ao período histórico e a cultura de cada povo, que definem diversos conceitos de criança em cada período.
Segundo Wallon (1995, apud GALVÃO)
 “o desenvolvimento infantil é um processo pontuado por conflitos” Conflitos de origem exógena e endógena. Os conflitos de origem exógenos são aqueles que as crianças mantêm com os adultos e a cultura e contexto na qual estão inseridas. E os de natureza endógena estão relacionados com efeitos da maturação nervosa. Estes conflitos acabam por provocar desordem nas formas de conduta já estabelecidas na relação com o meio.

Kramer (1995, p. 17) comenta o conceito do sentimento de infância:
Sentimento de infância não significa o mesmo que afeição pelas crianças; corresponde, na verdade, à consciência da particularidade infantil, ou seja, aquilo que distingue a criança do adulto e faz com que a criança seja considerada como um adulto em potencial, dotada de capacidade de desenvolvimento.    

Para Barros (2008, 48) A importância das primeiras experiências inicia com:
Estimulação precoce, estimulação inicial e experiência inicial são expressões atualmente muito usadas e significam estímulos que recebemos na infância, desde o inicio de nossa vida. Atualmente, psicólogos e educadores insistem no fato e que tais estímulos vão determinar nosso desenvolvimento intelectual. O nível de inteligência que atingimos quando adultos não é determinado apenas pela hereditariedade, mas depende, em grande parte, de nossa experiência inicial, da estimulação precoce que recebemos do ambiente. Isso constitui uma novidade com relação ao desenvolvimento intelectual, mas não com relação ao desenvolvimento emocional
       
Compete aos educadores buscarem estimular nas crianças a sua criatividade e expressão, permitindo assim que se manifestem podendo então estabelecer o seu eu. É importante considerar que a criança começa a produzir o seu conhecimento por meio dos cinco sentidos.
O desenho é uma das manifestações artísticas mais presente entre as crianças, e para desenhar ela usa o tato e a visão, além da fantasia, a arte é importante na vida da criança, pois coopera para o desenvolvimento expressivo, e para a construção no desenvolvimento de sua criatividade, tornando-a um indivíduo sensível.
A princípio a criança desenha pelo prazer de riscar sobre o papel e indaga formas de ocupar a folha, e com o tempo, a criança procura historiar as coisas do mundo. Com a arte a criança cria, desenha, canta, dança, pois nesse estágio de desenvolvimento a criança se sente livre para expressar suas idéias e seus sentimentos, e é através destes momentos de arte livre é que a criança inicia a compreender ouvir, ver e sentir.
Barros (2008, p.50) relata também a importância da oportunidade de receber estimulação visual, tátil, auditiva e outras em quantidade normais:
As crianças criadas em condições de enriquecimento do ambiente têm oportunidade e estimulação acima de níveis normais. Em geral observam-se  resultados benéficos no desenvolvimento de habilidades motoras, cognitivas ou sociais. No caso oposto, em que as crianças são criadas em condições de privação seu desenvolvimento oferece um nível de estimulação ou oportunidade muito reduzido e as conseqüências serão um desenvolvimento e um nível de realização muito abaixo do normal.
 Para a criança a arte é um meio de se expressar, conforme SANS (1995, p.21) A arte é uma forma de se expressar, pois “a natureza da criança é lidar com o mundo de modo lúdico, fazer o que lhe dá prazer e satisfação. Por isso gosta tanto de brincar e desenhar”.
O educador deve ser conscientizar deixando os educandos desenvolvam  espontaneamente sua própria arte, e não impedir o desenvolvimento deles com desenhos prontos e mimeografados.
O ensino da arte é de grande importância para a vida dos seres humanos, visto que o indivíduo que não tem contato direto com a arte, tem uma experiência no processo de ensino aprendizado limitada, escapando lhe a dimensão do sonho, da comunicação dos objetos ao seu entorno, da sonoridade excitante da poesia e da música, das formas cores, e  toda forma de expressão que trazem o sentido da vida.
Lowenfeld e Brittain (1970, p. 115) “a arte pode contribuir imensamente para esse desenvolvimento, pois é na interação entre a criança e seu meio que se inicia a aprendizagem”.
 A interação é fundamental para criança, pois ao observar e imitar os adultos através de seus gestos e ações e tenta reproduzir, ela se interessa pela ação Por isso é essencial o incentivo, tanto da família como da escola, oferecendo-lhe uma coleção suficiente para que possa ampliar seus conhecimentos e suas ações.
O PCN (1998 p. 87) idealiza o aspecto das artes visuais na educação  infantil como:
A presença das Artes Visuais na educação infantil, ao longo da história, tem demonstrado um descompasso entre os caminhos apontados pela produção teórica e a prática pedagógica existente. Em muitas propostas as práticas de Artes Visuais são entendidas apenas como meros passatempos em que atividades de desenhar, colar, pintar e modelar com argila ou massinha são destituídas de significados. Outra prática corrente considera que o trabalho deve ter uma conotação decorativa, servindo para ilustrar temas de datas comemorativas, enfeitar as paredes com motivos considerados infantis, elaborar convites, cartazes e pequenos presentes para os pais etc. Nessa situação, é comum que os adultos façam grande parte do trabalho, uma vez que não consideram que a criança tem competência para elaborar um produto adequado. As Artes Visuais têm sido também, bastante utilizadas como reforço para a aprendizagem dos mais variados conteúdos. São comuns as práticas de colorir imagens feitas pelos adultos em folhas mimeografadas, como exercícios de coordenação motora para fixação e memorização de letras e números.

Mas a arte tem princípios de criação e não de atividades destituídas de significados, com tudo isso o PCN inovou o princípio do ensino das artes, da música, do teatro e da dança, reconhecendo a arte da criança como manifestação espontânea.

Tais orientações trouxeram inegável contribuição para que se valorizasse a produção criadora infantil, mas o princípio revolucionário que advogava a todos a necessidade e a capacidade da expressão artística aos poucos transformou- se em “um deixar fazer” sem nenhum tipo de intervenção, no qual a aprendizagem das crianças pôde evoluir muito pouco.
O questionamento da livre expressão e da idéia de que a aprendizagem artística era uma conseqüência automática dos processos de desenvolvimento resultaram em um movimento, em vários países, pela mudança nos rumos do ensino de arte. Surge a constatação de que o desenvolvimento artístico é resultado de formas complexas de aprendizagem e, portanto, não ocorre automaticamente à medida que a criança cresce.
A arte da criança, desde cedo, sofre influência da cultura, seja por meio de materiais e suportes com que faz seus trabalhos, seja pelas imagens e atos de produção artística que observa na TV, em revistas, em gibis, rótulos, estampas, obras de arte, trabalhos artísticos de outras crianças etc.
Embora seja possível identificar espontaneidade e autonomia na exploração e no fazer artístico das crianças, seus trabalhos revelam: o local e a época histórica em que vivem; suas oportunidades de aprendizagem; suas idéias ou representações sobre o trabalho artístico que realiza e sobre a produção de arte23 à qual têm acesso, assim como seu potencial para refletir sobre ela. (PCN p. 87 e 88) 
A criança se expressa através da arte com facilidade, pois em sua produção artística, que é sua invenção, não há certo ou errado. De acordo com Lowenfeld e Brittain (1970), a criatividade é uma ação, é um comportamento em que a criança produz e constrói continuamente.
Todas as crianças se expressam através do esboço ou desenhos. Por meio do lápis e papel ou com caco de tijolo na parede. Agir com um riscador sobre um suporte é algo que ela aprende por imitação ao observarem os adultos escrevendo. Com a prática desses movimentos em papéis variados, ela adquire coordenação dando o prazer de produzir um traço sobre o papel faz agir.
A principal função do desenho no desenvolvimento infantil é a possibilidade que oferece de representação da realidade. Trazer os elementos vistos no mundo para o papel.